sábado, 15 de setembro de 2007

um pouco da música

no ônibus, vai e na volta não se chega em casa, pois a viagem é comprida e eu mal durmo. as ruas passam como se papel; os carros, em suas pautas definidas, tiram da escala as notas da música que se faz na mente; os postes deixam tempo e compasso ora mais tenso e inconstante, ora mais inteligente, em samba de hermanos

tão
distante e tão só,
enquanto se faz
o tempo parar
e se eternizar
na vida, assim,
por mais uns instantes
de prosa. não sei
se é assim,
mas vou aprender
a concretizar
minutos que fiz
não deixar passar
pra sobreviver
ao caos, no porém
da indiferença.
só não viverei
sozinho.
eu só sei.

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