sábado, 14 de fevereiro de 2009

na avenida


um coração morreu na avenida
não houve quem o fizesse volver
ainda cedo, a madrugada fria
ninguém podia sequer perceber

bebeu às cinco dose de absinto
mais dois minutos parou n'outra esquina
e enquanto a fada lhe julgava o rito
sentiu no peito uma garoa sina

ébrio e sem um sentido pra vida
esqueceu tudo passado a noite
levantou-se da calçada bem-vinda
trocou o seu destino pela sorte

quem lhe escutou recitar versos morte
foi a senhora de sua casa antiga
deixou pedaços seus além do poste
pois logo após de uma cantada fina

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens pelo blog,pois e belo!Tambem comento Pauo Coelho e escrevo poesias e as sus sao lindas com alma e vigor,se puder me visitar!Deixo a magia no ar...abrs

Aldeneides Leal disse...

Você passou um tempinho sem postar né? Mas vejo q voltou com tudo, que bom!!